sexta-feira, 28 de maio de 2010

O indivíduo que conversou com você sobre fracasso

Ilusão, medo, palavras, insônia, vontades, romances, delírios, dores, mentiras, fracasso. Uma ilusão que toma conta de sua mente, fazendo seus pensamentos se renderem ao medo de sua personalidade. Você calado num quarto escuro escutando música clássica, sentido o som frenético dos acordes e mais nada. Porque seu corpo senti a solidão? Palavras são surradas em seu ouvido, sua imaginação surta com cada letra, minha boca se movimenta sem que eu faça esforços, meus olhares se perdem na escuridão. As sombras nas paredes são o medo que eu tenho de minha própria personalidade, logo irei me recompor de um sentimento que já deveria estar bem longe. Meu sono se perdeu, a insônia me acompanha nessa hora: hora de escrever, de ouvir, de sussurrar, de imaginar o que se perde na escuridão. Era só mais um dia, não queria sentir nada, não queria me ouvir. Rastejar pelo chão desse quarto, me deitar na cama e adormecer. Meu corpo precisa de descanso, minhas ilusões enrolam palavras, minha boca as sussurram pelos ares fechado desse quarto. Onde estava a sombra, pelos ares, pela parede, chão, palavras, medo, insônia, ilusão...

– Cadê você que não existe.

– [...]

– Fala. Faça-me companhia, se perde junto comigo.

– [...]

– O medo. É isso que você tem? Cadê seus amores?

– [...]

Meu corpo percorre pelas paredes, sinto você. Para onde vais? E o nosso romance? Em meus braços você já não existe. Forte, forte, forte... Ilusão, medo, vontade, repetição... delírios. Quem é agora, o vento. O vento que percorre por todos os lugares, por todas as partes desse mundo. Infinitos ares de solidão, me perseguindo pelas sombras, pelo som, pelo delírio. Voa longe e trás mais substâncias para alimentar meus dias de dores. Venha, venha, se deite, descanse, a noite é longa, silenciosa, solitária e passageira. Vozes que não saem dos pensamentos, é ela, a voz do medo, da vergonha.

Um individuo, um quarto escuro, um som, livros jogados pelo chão, as sombras, as palavras infinitas e a mentira. Você se enjoa de ler isso, o tédio vem e te acompanha pelo resto da noite. Você tem escolhas? Usa tudo para imaginar seu corpo com os dos outros.

E ai? Silêncio.

Pelos cem anos de solidão, poemas, paixões do GH, artes, Beatles, cults, mecânicas laranjas, deixa de ser transfigurado, figurado, quem disso isso? Você, só, mudo, droga! Parece que a porta está aberta. Só parece, a janela não existe mesmo. Ninguém ouve, esta tudo bem, a merda se torna bonita, e ficar escrevendo entedia.

Não tente entender, você já se tornou um fracasso.

terça-feira, 18 de maio de 2010

__________________IMAGINE

__________________A palavra que você quiser

_Se concentrando no meio do palco
______________________________________O desejo do corpo através do pensamento
_____________________________________A música que ninguém ouviu
_Pessoas com o mesmo surto
___________________________________________Querer ser totalmente doido
_____________Você escrevendo sem nenhum movimento
__________________________________________O que anda nas cabeças anda nas bocas
_________Bando de nuvens que passam ligeiras
_______________________Uma enciclopédia do utópico
Cores de Almodóvar

_______________________Menos peixinhos a nadar no mar
Pessoas Mundo Multidão

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Sobre as letras

Palavras, frases, letras. Tudo o que sentimos se forma em segundos numa folha em branco. E nossos sentimentos ficam escritos para uma eternidade. Não fuja da beleza dessas letras. Se entregue, abrace-a. Sinta o leve descanso das palavras. Se deixe levar pela eternidade das frases. Busque abrigo na poesia, no romance, no amor. E seja um verdadeiro ser humano que se contaminou por elas, se jogou num profundo abismo e caiu sobre as letras.
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