quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dama da noite

"Eu tenho um sonho, eu tenho um destino, e se bater o carro e arrebentar a cara toda saindo daqui. continua tudo certo. Fora da roda, montada na minha loucura. Parada pateta ridícula porra-louca solitária venenosa. Pós-tudo, sabe como? Darkérrima, modernésima, puro simulacro. Dá minha jaqueta, boy, que faz um puta frio lá fora e quando chega essa hora da noite eu me desencanto. Viro outra vez aquilo que sou todo dia, fechada sozinha perdida no meu quarto, longe da roda e de tudo: uma criança assustada."


Caio Fernando Abreu

4 comentários:

Lívia Corbellari disse...

Estou divulgando a revista graciano no meu blog, q fala sobre literatura feita no ES, se puder da uma confirida =)

Lívia Corbellari disse...

Confira a revista aqui: http://issuu.com/revistagraciano/docs/graciano_um

Anônimo disse...

uma criança assustada.
que se disfarça todo dia.
eu sei, é assim.

Até.

Equilibrista disse...

não gosto muito de Caio Fernando mas esse texto me instiga.

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